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Química do amor


O amor também é química...

Para aqueles que acreditam que não existe nem uma relação entre a química e o amor, apos ler esse post perceberam que estão completa mente enganados!!

O sentimento não afeta só o nosso ego de forma figurada, mas está presente de forma mais concreta, produz reações visíveis em nosso corpo inteiro. Se não fosse assim, como explicar as mãos suando, coração acelerado, respiração pesada, olhar perdido, o ficar rubro quando se está perto do ser amado?

Uma das responsáveis pelas descargas de emoções para o coração e as artérias é a dopamina, um neurotransmissor da alegria e da felicidade liberado no organismo para potencializar a sensação de que o amor é lindo. Ficamos agitados, corajosos e dispostos a realizar novas tarefas, apesar de dormirmos e comermos mal. “O mecanismo cerebral é idêntico ao de se viciar em cocaína”, diz o neurocientista Renato Sabbatini, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas. O barato é tão forte que o apaixonado pede a Deus – ou aos astros ou a quem quer que seja – que dure para sempre. No livro Por que nos Apaixonamos (Ediouro, 2005), a neurocientista francesa Lucy Vincent afirma que a dependência que o enamorado tem de seu eleito leva a uma espécie de síndrome de abstinência quando eles se distanciam.

Em pesquisas recentes, estruturas do cérebro chamadas núcleo caudado, área tegmentar ventral e córtex prefrontal se mostraram mais ativadas em pessoas apaixonadas. São zonas ricas justamente em dopamina e endorfina, um neurotransmissor com efeito semelhante ao da morfina. Juntos, esses agentes estimulam os circuitos de recompensa, os mesmos que nos proporcionam prazer em comer quando sentimos fome e em beber quando temos sede. Estar em contato com a alma gêmea, mesmo que por telefone ou e-mail, resultará na liberação de mais endorfina e dopamina, ou seja, de mais e mais prazer.

A feniletilamina, parecida com a anfetamina, é outra molécula natural associada a essa avalanche de transformações, assim como a noradrenalina, que contribui com a memória para novos estímulos. Por isso os apaixonados costumam se lembrar da roupa, da voz e de atos triviais de seus amados. Hormônios como a oxitocina e vasopressina, responsáveis pela formação dos laços afetivos mais duradouros e intensos, como o da mãe com o filho, também tendem a aumentar nas fases mais agudas, preparando o terreno para um relacionamento estável.

A primeira etapa para a formação de um casal é a busca pela gratificação sexual urgente. É a ordem para ir à caça, com ação intensa de testosterona. A paixão é a atração por uma pessoa em particular, a tal explosão química, irrigada por dopamina, endorfinas e outros componentes. Se correspondida, deve durar o tempo necessário para se conhecer e se decidir se dá para seguir em frente. Quando o fogo baixa, o relacionamento pode continuar, mas o que conta é companheirismo, apego e vontade de dividir o ninho, procriar e cuidar da prole.

A fogueira da euforia, entretanto, pode ficar sem lenha e nem evoluir para a terceira etapa. “Há gente viciada no mecanismo da paixão, que busca um novo objeto de desejo toda vez que os sintomas passam”, diz Sabbatini. “Nas pessoas, quando isso é muito freqüente, pode haver alguma alteração de personalidade, como bipolaridade”, complementa Teng. E tem a turma que nem chega a se apaixonar. “Alguns conseguem bloquear o processo ativando áreas mais racionais do cérebro”, afirma o psiquiatra. “Normalmente, acontece com quem é inseguro ou ansioso. É quando o medo vence nas decisões. Para não correr riscos, racionaliza a situação e bloqueia.”



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